Sabe tirar partido dos dados da sua organização?

Dados são poder, valor e uma das maiores riquezas de uma organização. É por isso que muitas organizações estão a aproveitar os seus dados para melhorar resultados e conseguir obter uma vantagem competitiva no mercado.

 

Como o fazem? Sobretudo através de aplicações que usam os dados recolhidos para melhorar a gestão de processos. Encontramos alguns exemplos na otimização da gestão de encomendas e stocks no departamento de logística; ou, no caso das vendas, ser possível prever, de forma mais precisa, o volume de faturação por segmento ou tipo de produto.

 

Caminhamos a passos largos para organizações cada vez mais automatizadas e data-oriented, nas quais os dados são um elemento fundamental para a tomada de decisões. O que fica para os colaboradores? A inovação, essencial para o sucesso de qualquer organização. Esta pode e deve ser direcionada para otimizar processos, construir experiências diferenciadoras para os clientes ou desenvolver novos produtos.

 

Segundo um estudo da MicroStrategy, 60% das empresas mundiais utilizam a análise de dados para otimizar processos e promover a eficiência de custos. A Netflix é uma delas: através da análise dos comportamentos de cada subscritor, conseguiu influenciar, através do seu sistema de conteúdo sugerido, 80% do conteúdo visualizado por cada subscritor deste serviço de streaming.
Como tirar partido dos seus dados?

 

Alcançar vantagens competitivas a partir dos dados de uma organização é possível, contudo não é algo imediato. É aí que surgem os data products, aplicações ou ferramentas que utilizam dados para auxiliarem as organizações a tomar decisões e melhorar os seus processos, por exemplo.

 

O Google Analytics, ferramenta muito utilizada para análise de dados em sites, é um exemplo de data product. Mas nem sempre as organizações encontram um produto que corresponda exatamente às suas necessidades e preferem desenvolver data products personalizados e, por isso, mais flexíveis.

 

Práticas para o desenvolvimento de data products

 

A implementação de data products não é diferente de qualquer outro produto. Partilhamos três práticas que não pode ignorar no seu desenvolvimento:

 

Qualidade

No desenvolvimento de data products é fundamental avaliar a qualidade dos dados disponíveis. Caso sejam detetados problemas ou má qualidade nos dados, o primeiro passo será a correção de erros e/ou a implementação de medidas que melhorem a qualidade dos dados.

 

Colaboração

Nenhum produto nasce sozinho. A equipa que está a conceber e desenvolver o produto precisa de estar em estreita colaboração com o utilizador (que podem ser internos ou externos à organização) para que o produto possa ser testado, alvo de alterações e, no final, corresponda exatamente às expectativas do utilizador.

 

Rapidez

As metodologias ágeis são um bom aliado para acelerar o desenvolvimento de produtos. Ajudam a planear e dar prioridade às tarefas associadas aos entregáveis mais importantes do produto, além de permitirem incorporar rapidamente feedback dos utilizadores.

 

Por onde começar?

 

Muitas vezes, não é fácil perceber quais os dados que podem gerar mais valor para a organização. Uma boa estratégia é avaliar a viabilidade e o valor potencial dos dados em cada área do negócio – por exemplo, na equipa de vendas ou na otimização de um processo de negócio específico.

 

Idealmente, os produtos a desenvolver serão aqueles que vão trazer mais valor à empresa, mas há outros fatores a ter em conta. Quando há um departamento motivado e habituado a “usar dados” no dia-a-dia, pode fazer sentido apostar num produto que vai melhorar o desempenho dessa equipa, ao invés de investir numa área que está “mais distante” da utilização dos dados.

 

Em jeito de conclusão…

 

O grande volume de dados gerados por cada organização permite-lhes criar ferramentas de auxílio à decisão. Em breve, estará ultrapassada a era da gestão baseada em suposições. A organização tem agora acesso a informação preciosa que lhe permite prestar um melhor serviço ao cliente, otimizar recursos e, a médio prazo, sustentar as tomadas de decisão, potenciando o aumento de receitas e lucros.

 

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